Racquel Fontenele

Racquel Fontenele
Sem Título
serigrafia sobre azulejos brancos
54,7 cm  x 54,6 cm
2021

Racquel Fontenele
Sem Título

Zine em serigrafia sobre papel
19 páginas
2018 – 2021
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Trabalho principalmente com gravura, explorando conceitos gerais sobre som, e a desconstrução e ressignificação de imagens pela apropriação e o non-sense. Minha pesquisa visual parte do pensamento gráfico da sobreposição, da distorção e da apropriação. Trato o ruído, a distorção e a reverberação como conceitos de som que misturados podem ser interpretados no sentido sonoro e visual. Me interesso pela desconstrução e ressignificação ao me apropriar de uma imagem, que depois (copio em) desenho com nanquim, revelo para uma matriz de serigrafia, e a partir disso desfaço o desenho, experimentando outras formas gráficas que podem ser criadas pela multiplicação, sobreposição e saturação da matriz na impressão serigráfica. A repetição de uma imagem impressa em cima da outra equivale ao ruído ao desdobrar-se entre distorções e reverberações. São ruídos desorganizados postos no papel repetidamente a partir da figura original da matriz. Me aproprio de imagens de mulheres musicistas, memes da internet, pinturas, e imagens de serpentes. Trabalho principalmente com a serigrafia, mas também uso adesivos, colagem digital, vídeo, e outras linguagens da gravura, como a xilo e a impressão em borracha.

    Como projeto, apresento um mural de azulejos brancos, com uma figura feminina central sem rosto em vermelho, em suas mãos uma jararaca dourada. O adorno desta figura central são muçuranas entrelaçadas, formando um quase-círculo preto. Os azulejos não encaixam perfeitamente com a imagem.

Orientação TFG: Inês de Araujo